Nesta época do ano, a expectativa para iniciar os estudos e ingressar na faculdade é muito grande, principalmente por parte dos calouros ou “bichos”. Muitos sonham em ser arquiteto, porém, sabem que para chegar a isso precisam passar por uma jornada de cinco longos (ou nem tanto) anos. Sabemos que ao decorrer deste tempo, muita coisa por acontecer, e grandes transformações hão de vir na vida do jovem sonhador.

Porém, ao ingressar na faculdade escolhida, existe um primeiro impacto. Claro que, dentre estes os quais irão iniciar o ritmo acadêmico, existe uma importante parcela de pessoas as quais já estão em sua segunda ou até terceira graduação, porém, cada área tem um ritmo e isso vale tanto para os recém-egressos do ensino médio como para aqueles com maior experiência.

Um dos primeiros pontos a ser destacado é em relação a qualidade da educação básica no Brasil. E salvo raras exceções, sabemos quão sofrível ela é. A educação brasileira no ensino fundamental e médio deixa o aluno quase a “Deus dará”, pouca necessidade de esforço, conteúdo fraco e mínimas cobranças, muito diferente de um ambiente universitário, o qual o aluno precisará ralar e muito pela sua aprovação e esse déficit acumulado ao longo da vida estudantil poderá influenciar e muito.

Sabemos a quantidade de trabalhos, projetos e cobranças existe na faculdade de Arquitetura, porém, esse déficit de aprendizado prévio, infelizmente, impacta em alunos com pouca iniciativa e medo de tomar decisões, além de pouco domínio na língua escrita e falada e carência altíssima em ciências exatas.

Também é preciso reconhecer que estudantes chegam à faculdade com biografias muito diferentes entre si, estilos de aprendizagem, temperamento e necessidades. Talvez a nota mais marcante desta etapa é mesmo o peso de sua vida anterior, a presença ou não de pressões familiares, a dúvida quanto a escolha do curso certo, insegurança, misturado a esperança de um bom futuro.

Após um período de inclusão relativamente exitosa, o aluno começa a trocar seus medos por sentimentos mais positivos. Começa a se interessar e se adaptar pelas disciplinas que lhe trazem maior prazer em estudar e maior familiaridade e começa a tomar forma um ambiente que promove aprendizagem e desenvolvimento pessoal.

Em relação ao que esperar dos professores, poderá encontrar de tudo um pouco. Desde aquele que “manja” muito do assunto, porém, não sabe transmitir, até o bom professor e carismático ou aquele que além de “chato”, ainda pouco irá aprender com ele. O que eles vão trazer para a sala de aula vem de experiências pessoais; pedaços de realidade que são facilmente aceitos pelos estudantes.

O primeiro ano, pode ser considerado como um estágio de consciência e familiaridade com tudo aquilo que os próximos quatro anos terão para oferecer e cobrar. Nesta etapa , o aluno terá contato com matérias introdutivas, matemática, plástica, história da Arquitetura, entre outras. Atividades extracurriculares, em geral, incluem: viagens e fins de semana “encontro” que promover a convivência e autoconhecimento, além de palestras integradoras e participações em workshops e feiras.

O aluno, então, começa a vislumbrar e, por vezes, reforçar alguns talentos e capacidades que estão dando – lhe segurança e encorajamento. Você pode ter suas primeiras experiências escolares bem-sucedidas à partir daí e engatar a marcha rumo a ser um futuro arquiteto.

 

Fonte: 44arquitetura

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